sexta-feira, 29 de junho de 2007

British Shorthair - Um gato popular















British Shorthair
País de origem: Grã-Bretanha

No final do século XIX, o Cheshire Cat de "Alice no País das Maravilhas" de L. Carrol (1865), foi representado com o aspecto de um British Shorthair tabby.
Na mesma época, criadores de gatos seleccionaram os melhores exemplares desta raça para serem expostos no Crystal Palace de Londres em 1871. Foi aí que receberam a sua designação de British Shorthair.
Após a segunda guerra mundial, foram realizados cruzamentos com gatos persas para tornar esta raça mais pesada e de silhueta mais arredondada. Hoje é dos gatos mais populares de sempre.
O British Shorthair tem um tamanho que varia entre o médio e o grande, com um peso de 4-8 Kg. Tem uma cabeça redonda, larga e maciça com bochechas cheias e de nariz curto. Tem umas orelhas bastante espaçadas e arredondadas nas pontas. O seu pêlo é curto, firme e suave, e tem sub-pêlo abundante.
Este gato é dos mais procurados especialmente na variedade British Blue (como os da imagem).
É noite: sobre os telhados de novo
Se perde o rosto redondo da Lua.
Ele, o mais ciumento de todos os gatos,
Olha enciumado para todos os amantes,
O pálido e gordo «Homem da Lua».
Arrasta o seu cio furtivo pelos cantos mais escuros,
Espreguiça-se encosta-se a janelas entreabertas,
Como um frade lascivo e anafado anda
De noite, atrevido, por caminhos proibidos.

Friedrich Nietzsche
Tradução de João Barrento

O gato e a DS



Estas imagens encontradas num blog japonês mostram um Scottish Fold de pêlo curto tricolor muito entretido com a DS, a consola portátil da Nintendo. Claro que se trata de uma paródia de um fã da máquina e de gatos, mas o certo é que estamos perante uma raça conhecida pela sua calma, sociabilidade, meiguice e queda para a brincadeira.

Poemas com Animais

Breve antologia organizada, seleccionada e declamada por José Fanha.
Ilustrações e design de Pedro Pires.
Coordenação de Maria da Luz Santos.
Edições Gailivro, 2004


Uma visita a alguns dos nossos maiores poetas e da forma como eles falam dos animais. A poesia escrita e dita, proposta a todos e especialmente aos jovens, numa viagem através do que há de melhor na música da nossa língua. Pela voz de José Fanha, grande poeta e declamador, cria-se a chave para o encontro dos leitores com a música da língua em cada poema.
Este livro vem, portanto, acompanhado de um CD onde José Fanha declamada os poemas inclusos no livro.
Um livro que se recomenda em qualquer quarto de criança.


Gato

Que fazes por aqui, ó gato?
Que ambiguidade vens explorar?
Senhor de ti, avanças, cauto,
meios agastado e sempre a disfarçar
o que afinal não tens e eu te empresto,
ó gato, pesadelo lento e lesto,
fofo no pêlo, frio no olhar!

De que obscura força és a morada?
Qual o crime de que foste testemunha?
Que deus te deu a repentina unha
que rubrica esta mão, aquela cara?
Gato, cúmplice de um medo
ainda sem palavras, sem enredos,
quem somos nós, teus donos ou teus servos?

Alexandre O'Neill

quinta-feira, 28 de junho de 2007


















© Theophile Alexandre Steinlen – Dois gatos (1894)

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Hello Kitty







Criada em 1974 pela empresa japonesa Sanrio, Hello Kitty tornou-se num dos gatos mais famosos da animação e, sobretudo, num fenómeno muito lucrativo de merchandise, que abrange desde jogos de vídeo a máquinas fotográficas, passando por artigos escolares e os tradicionais peluches.

A loucura em torno da gatinha branca só começou, porém, em meados dos anos 80.

Para trás ficam as suas raízes algo atribuladas. Originalmente, a mascote esteve para se chamar Kitty White, em homenagem a um dos gatos de Alice do Outro Lado do Espelho, de Lewis Carroll, mas o nome nunca chegou a ser adoptado. Diz-se que Hello Kitty proveio depois de uma tradução errada de manekineko, o gato nipónico das boas vindas.

Apesar da sua origem asiática, a personagem tem dados bem diferentes no BI. A saber, Hello Kitty é uma gata dos subúrbios de Londres, que vive num mundo ideal, rodeada da família e de muitos amigos. Desde 1999 que as séries de animação incluem o seu namorado Dear Daniel e até um gato e um hamster de estimação se lhe juntaram já em 2004.

Hello Kitty foi, porventura, inspirada em Musti, um pequeno gato branco criado pelo artista gráfico Ray Goossens em 1945, com uma história e visual muito semelhantes. Tal como Musti, a menina destaca-se pela ausência de boca, que aparece apenas em algumas das muitas séries de animação. Os criadores garantem que Hello Kitty tem boca, mas que apenas não é desenhada para levar os espectadores a interpretarem as emoções da personagem.

Desde 1983 que a gatinha é a embaixadora das crianças norte-americanas na UNICEF, sendo promovida por fãs bem mediáticos, entre os quais Mariah Carey, Ricky Martin, Christina Aguilera e Steven Tyler.

Garfield



Jim Davis criava em Junho de 1978, para o Herald Tribune, o irresistível Garfield, um grande gato cor-de-laranja tigrado, comilão, irascível, mentiroso, preguiçoso e autoritário que tiranizava o seu dono, John Arbuckle e Odie, um cão muito estúpido que vivia com eles. No entanto, não podiam passar uns sem os outros e compreendiam-se perfeitamente.
Para o nome de Garfield, Jim Davis inspirou-se no nome do seu avô, James Garfield Davis.

No início, Garfield tinha umas enormes bochechas e uns olhos pequenos. Em 1980 Jim Davis redesenhou Garfield, com olhos ovais e menos barriga.
Garfield estreou-se na televisão, num programa chamado “Aí Vem Garfield" em 1982. Entre 1988 e 1995 a popularidade cimentou-se com a série animada “Garfield e Seus Amigos”.
No cinema, Garfield estreou-se em 2004 com “Garfield, O Filme” (Garfield - The Movie), com Bill Murray na voz do gato. Em 2006, “Garfield 2” (Garfield - A Tale Of Two Kitties), também com Bill Murray na voz do gato.

Para saber mais sobre este popular felino, visite o site oficial em:
http://www.garfield.com/

terça-feira, 26 de junho de 2007













© Gato devorando um pássaro – Picasso (1939)
XXXIV
O Gato


Lindo gato, vem cá, vem ao meu colo;
.......Encolhe as unhas dessa pata,
E deixa que eu mergulhe nos teus olhos,
.......Um misto de metal e ágata.

Quando os meus dedos, à vontade, afagam
.......O dorso elástico, a cabeça,
E a mão se me inebria de prazer
.......No corpo eléctrico, a apalpá-lo,

Vejo a minha mulher. O seu olhar,
.......Tal como o teu, querido animal,
Frio e profundo, fende-nos qual dardo,

.......E da cabeça até aos pés
Um ar subtil, um perfume perigoso
.......Nadam em torno do seu corpo.

Charles Baudelaire
Tradução de Fernando Pinto do Amaral

Catwoman









Catwoman,
alter ego de Selina Kyle, é uma personagem de Banda Desenhada, criada em 1940 por Bill Finger e Bob Kane. Apareceu pela primeira vez no número 1 de Batman.
Selina Kyle, criminosa profissional fugida de um orfanato, tem a sua base de operações em Gotham City.
Apesar de inimiga de Batman, acabou tendo um romance com ele, e, em ocasiões especiais ajudou-o a defender Gotham City.
Em séries televisivas, foi interpretada por várias actrizes como Julie Newmar, Lee Meriwether e Eartha Kitt, no filme Batman Returns por Michelle Pfeiffer. Nas série animada Batman: The Animated Series a voz de Catwoman era de Adrienne Barbeau, e em The Batman de Gina Gershon.
No filme Catwoman a nova mulher-gato (Patience Phillips) foi interpretada por Halle Berry.
Mais de sessenta anos depois de ter sido criada, Catwoman continua a ser uma das mais populares vilãs de Banda Desenhada.

Flanelle
















A gata de Julio Cortázar.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Krazy Cat
















No início do século passado, em 1910, o New York Journal publicava a tira “The Dingbat Family” (mais tarde “The Family Upstairs”), de George Herriman, onde duas personagens secundárias acabavam por ocupar o primeiro plano. Tratava-se de uma gata (Krazy Kat) que falava como uma mulher dengosa e tinha um laço na cabeça, apaixonada por um rato (Ignatz), cuja principal diversão era dar-lhe tijoladas na cabeça, sob o olhar do cão-polícia Ofissa Pup, este, loucamente apaixonado por Krazy Cat (também conhecida por “Gata Chalupa”).







A dupla tornou-se um sucesso e, em 1943, as aventuras de Krazy Kat passaram a ser publicadas em tiras diárias. As peripécias apareceram em livros, desenhos animados e até num ballet adaptado por Jonh Alden Carpenter. As aventuras de Krazy Cat e Ignatz só terminaram com a morte de George Herriman, em 1944, mas ainda hoje estas personagens são consideradas de culto.

Pin's com gatos





Pin's da autoria da artista plástica Teresa Roriz. São trabalhos realizados a partir de desenhos originais em aguarela, da autora.




Os Dóceis Animais

Eugénio de Andrade
Edições ASA

"Os Dóceis Animais" reúne os poemas que Eugénio de Andrade escreveu sobre gatos. Fizeram-se duas edições: uma, com doze desenhos e um retrato do autor por Cristina Valadas, em papel Arches de 250 gramas, constituída por duzentos e cinquenta exemplares numerados de 1 a 250, e cem exemplares, fora do mercado, numerados de I a C, assinados por Cristina Valadas e apresentados numa caixa em cartão forrado a Pop Set de 80 gramas; e outra, na Colecção Pequeno Formato, com um retrato do autor por Cristina Valadas.
















© S/t – Andy Warhol

domingo, 24 de junho de 2007

Beppo

O gato branco e solitário vê-se
nessa lúcida lua de algum espelho
e não pode saber que tal brancura
e esses nunca vistos olhos de ouro
são, afinal, a sua própria imagem.
Quem lhe dirá que o outro que o observa
é apenas um sonho desse espelho?
Eu penso que esses gatos harmoniosos,
o do mais quente sangue e o de vidro,
são simulacros que concede ao tempo
um arquétipo eterno. Assim afirma,
sombra também, Plotino nas Enéadas.
De que Adão anterior ao paraíso
e de que divindade indecifrável
somos nós, homens, um quebrado espelho?

Jorge Luis Borges
Tradução de Fernando Pinto do Amaral

Beppo
















O gato de Jorge Luis Borges.

Fialho de Almeida nos 150 anos do seu nascimento




José Valentim Fialho de Almeida nasceu há 150 anos em Vila de Frades (concelho da Vidigueira; distrito de Beja), no Alentejo. Filho de um professor primário, devido às dificuldades económicas da família, empregou-se ainda adolescente como ajudante de farmácia. Conseguiu completar o curso de Medicina na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa em 1875.

A obra literária de Fialho de Almeida é muito variada, mas neste blogue damos destaque a “Os Gatos — publicação mensal d'inquérito à vida portuguesa, uma colectânea de textos publicados mensalmente em jornais, entre 1889 e 1894.
Neste textos de crítica social, sobressai o carácter mordaz da sua ironia e a sua visão pessimista do país, bem característica da literatura do fim do século XIX. A sua crítica atingia sobretudo a pequena burguesia e a alta burguesia financeira dirigente. Mas, mais do que instituições, a sua crítica visava personalidades.
A sua criação literária lê-se ainda hoje com o mesmo interesse e entusiasmo por ter sabido ser, na coragem como criticou a sociedade do seu tempo, um prosador de excelente qualidade, apesar de ser um escritor “esquecido” e não ser fácil encontrar as suas obras no mercado.

Fialho de Almeida é o autor das obras de ficção Contos (1881), A cidade do Vício (1882) e O País das Uvas (1893). Escreveu ainda crónicas, artigos políticos, cartas, memórias e livros de viagem entre os quais: Os Gatos (1889-1894), Pasquinadas (1890), Lisboa Galante (1890), Vida Irónica (1892), À Esquina (1903), Barbear, Pentear (1911), Saibam Quantos... (1912), Estâncias de Arte e de Saudade (1921), Aves Migradoras (1921), Figuras de Destaque (1924), Açores e Autores (1925), Vida Errante (1925) e Cadernos de Viagem – Galiza, 1905 (1997).

gato de alfama

© gato de alfama – bolas de sabão 07

Portefolio, aqui.

Burmila - Um gato raro


























Burmila


País de origem: Grã-Bretanha
Outra designação: Burmês Silver

O Burmila nasce do cruzamento entre um Burmês lilás e um Persa chinchila. O objectivo era criar um silver tipo burmês. O nome provém de Burmês e chinchila e em 1984 foi criado o Burmila Cat Club em Inglaterra. Este gato é raríssimo, pois a sua selecção é muito delicada.
O Burmila tem um tamanho médio, e o seu peso (4 - 7 Kg) é surpreendente para o seu tamanho. Tem um pêlo curto e uma cauda longa. Os seus olhos são grandes, afastados e têm sempre um outline preto. Este gato tem a energia do Burmês e a sensatez do persa. É um gato bastante "tagarela", logo, de convivência agradável. Se vir um destes em casa de um amigo, então são ambos sortudos.