sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

© Ou-Yang Guo-De

7 comentários:

João Barbosa disse...

http://drawn.ca/?s=the+cat+came+back

Anónimo disse...

Coisas a fazer: telefonar ao restaurante a confirmar o jantar desta noite cuja mesa esta marcada desde quarta-feira; se têm multibanco; saber se posso levar o Querido Gato; levantar a roupa da lavandaria (o fato azul escuro, e duas camisas); engraxar os sapatos; escolher a gravata e as meias. Também não esquecer levantar algum dinheiro.
Parece mal levar o chapéu de chuva; tem uma vareta partida.
Ainda dou um pulo ao chinês aqui da esquina que os tem a 5€.
Antes de sair para o jantar com Simone um pouco de Davidoff.
Reflectir: parece bem oferecer-lhe uma rosa? Ou cheira a engate?!
Objectivo do jantar: cativar o mais possível a minha convidada para ter benefícios significativos em tudo o que o gato venha a necessitar.
lp

Anónimo disse...

Registo o telefonema para o restaurante Conventual (na Praça das Flores).
- Boa tarde. Fala lp. Tenho mesa marcada para o jantar. Vou levar o gato.
- Boa tarde senhor lp. São então três pessoas, certo?
- Não. Vou levar um gato. O meu Querido Gato!
- Um gato? Desculpe senhor lp mas não admitimos animais; Decreto-Lei nº 74/2007 de 27 de Março.
- Mas ainda estamos em Janeiro?!
Sorriso alarve do outro lado.
Agradeci e desliguei.
lp

Anónimo disse...

Lembrei-me da D. Leonilde, a vizinha do r/c que tem as minhas chaves de casa para os homens da luz e da água.
É avó dum puto de 7 anos, reguila.
Às 6ª. feiras o puto vem para casa da avó. Os pais juntam o útil ao agradável; livram-se do puto e vão ao cinema.
- Esteja à vontade! Pode trazer o gatinho, senhor lp.
- Isso não! O gato é capaz de arranhar o seu netinho. (estava a pensar o contrário; o puto arranhar o meu gato). O que lhe peço é dar uma olhadela…
- Fique descansado. Nos intervalos das novelas e vou aí a cima ver se está tudo bem.
- Muito obrigado D. Leonilde.
Este problema está resolvido. Vamos ao outro
lp

Anónimo disse...

Na loja do chinês comprei um chapéu para a chuva (desses que se encolhem).
Por ser vizinho tive um desconto.
Na lavandaria houve um problema grave:
- Vem então levantar o seu fatinho?!
- E camisas. Duas camisas.
A empregada traz o fato. E depois procura pelas camisas e nada.
- Não as levou, pois não?!
- Como assim? Dei-lhe agora o talão!
Ela bem procurou… e acabou por me dizer:
- É muito desagradável Sr. lp mas alguém, por engano nosso, levou as suas camisas.
- E agora?!
- Bom; posso emprestar uma doutra pessoa. Que número usa?
lp

Anónimo disse...

- Número 39, julgo.
Procurou.
- 42, é o que tenho por aqui. Quer levar?
- 42? Mas fico a nadar dentro das camisas!!!
- As suas vão aparecer Sr. lp. Quem as levou vem logo trocá-las quando reparar que houve engano.
Acabei por trazer uma camisa com o número 42.
Mal me tinha afastado meia dúzia de metros…
- Sr. lp. Sr. lp, por favor.
Era de novo a empregada da lavandaria.
Um usuário, alto e gordo, olhava para mim com ar de caso.
A camisa que eu trazia era dele.
lp

Anónimo disse...

São 18,45. Está na hora de me ir arranjar para sair.
Fatinho, camisola azul escuro, de gola alta. Sapatos pretos.
Bem barbeado, Um cheirinho de Davidoff.
Uma olhadela pela coisas do Querido Gato; jantar composto de peru e galinha e um petisco que ele adora; "rebuçados" de leite. Água nos conformes. Tabuleiro higiénico preparado.
O encontro com Simone está marcado para as 20 horas no bar do restaurante.
Espero vir a ter uma noite de glória.
lp -