Inspirado por Edgar Allan Poe, Baudelaire e pelas lendas francesas, Rodolphe Salis inaugura em 1881 um cabaret a que dá o nome de Chat Noir (em português, Gato Preto).
Ponto de encontro de artistas, poetas, músicos e escritores no Boulevard Rouchechouart, o Chat Noir torna-se, em pouco tempo, no local mais emblemático da boémia Montmartre do final do século XIX.
A aventura de Salis termina em 1897, mas para sempre fica Tournée du Chat Noir, poster publicitário criado por Théophile-Alexandre Steinlen um ano antes do fecho do cabaret.
A obra deste artista que conviveu de perto com Toulouse-Lautrec e teve os gatos entre os seus modelos de eleição pode ser admirada no Jane Voorhees Zimmerli Art Museum em Nova Jersey, nos Estados Unidos. As reproduções, essas – como todos os amantes de gatos sabem – estão por aí em todas e mais algumas formas de merchandise.
6 comentários:
Este cartaz é simplesmente fabuloso. Já o tive em postal. Não me lembro qual o amigo que distingui com o seu envio.
Os felinos são artistas altivos, de personalidade vincada.
Adormecem ou sonham ao som da poesia.
A expressão dos seus olhares, por vezes bem penetrantes e pensantes, hipnotiza.
Estes felinos são nobres, independente da raça ou estilo de vida.
Admiremo-los.
São merecedores da nossa entrega.
Luís Pinto
Mas continua a haver, algures, um qualquer Chat Noire propício aos amigos que vão para os copos. Como exemplo, no pequeno universo da Banda Desenhada, em Angoulême, também há um, que os tugas, acelerando a pronúncia, costumam referenciar, tipo, "então logo à noite encontramo-nos no xánuár".
E ainda a propósito de gatos e banda desenhada, tenho um "post" no meu blog http://divulgandobd.blogspot.com
afixado em 2006, 18 Abril, em que se vê Hergé a desenhar com um gato enrolado no pescoço (exactamente como me fazia o meu saudoso Godot).
Boite madrilena, 1983
Esse poster é mesmo lindo, quero fazer uma réplica qualquer dia desses, mesmo não sendo uma "gênia" da pintura. =P
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