sábado, 18 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
domingo, 12 de abril de 2009
Gatos da Páscoa

O prémio será comida para os pacientes animais que aceitarem pousar para as ditas fotos.
sábado, 11 de abril de 2009
sexta-feira, 10 de abril de 2009
quarta-feira, 8 de abril de 2009
O Gato de Uppsala

Cristina Carvalho dará também uma entrevista em Braga, no mesmo dia, à tarde, na RUM (Rádio Universitária do Minho).
No dia 19 estará no Literatura em Viagem, na 3ª mesa, na Galeria Municipal.
Entretanto, antes disso, na noite de 10 para 11, às 00H00, na Antena 2, passará uma entrevista de Cristina Carvalho a Luís Caetano.
Não percam!
O livro "O gato de Upsala" da autoria de Cristina Carvalho (filha de António Gedeão), foi editado pela Sextante Editora e tem com ilustrações de Danuta Wojciechowska.
O Gato de Uppsala é a narrativa de uma viagem por terras de luz, desde Kiruna até Estocolmo. Impulsionada pelo amor e pelo desejo de descobrir mundos, esta aventura amorosa combina: a sabedoria da tradição renovada que ritualiza a paixão do jovem casal para dar perspectiva ao amor, com a força da juventude que empreende a viagem de exploração do mundo que os atrai e ainda com a beleza (às vezes dos medos) de muitos instantes inevitáveis com que se deparam ao longo da viagem.
Graças a um estilo ático, numa escrita fluente e bem ritmada, a autora de O Gato de Uppsalaproporciona uma leitura fácil e ataente. Na sua simplicidade artística, O Gato de Uppsala propõe leituras diversas na história que conta. Há uma visão polissémica da natureza, do amor, da humanidade e da animalidade. A narrativa apresenta um sentido iniciático que unifica as personagens e os elementos naturais em que vivem e que as envolvem.
Esta é uma história de amor entre dois jovens, Elvis e Agnetta, uma história feliz de iniciação, de descoberta e sonho: a viagem, a pé, desde Uppsala até Estocolmo, movidos pelo desejo de descobrir o mistério do mar e de ver uma das maravilhas do seu tempo – o grande e rico Vasa – navio de guerra mandado construir por Gustavus II Adolphus, rei da Suécia. Quis o destino que, no dia 10 de Agosto de 1628, dia da viagem inaugural, a vida de Elvis e Agnetta fosse salva por um gato.
Cristina Carvalho nasceu em Lisboa, a 10 de Novembro de 1949. Durante a sua actividade profissional, contactou com milhares de pessoas e visitou inúmeros países sendo a Escandinávia e o Oeste português as regiões que mais ama e que mais influência exercem sobre a sua personalidade enquanto transitório ser humano do sexo feminino, habitante do planeta Terra e por acaso, escritora. Publicou: Até Já Não é Adeus (Signo); Momentos Misericordiosos, Ana de Londres e Estranhos Casos de Amor (Relógio D’Água).
terça-feira, 7 de abril de 2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
sábado, 4 de abril de 2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
os gatos de alhambra
Tão nítidos ainda, os olhos
dos gatos que cirandavam,
há tantos anos, nos jardins
fronteiros ao Alhambra.
Gatos livres, gatos imundos,
gatos quase selvagens.
Lembro-me da forma elíptica
como caminhavam rente aos
muros, como se enovelavam
no meio da vegetação ou se
escapuliam debaixo dos
automóveis com matrícula
estrangeira. Aqui e ali,
junto a latas de conserva,
densas aglomerações felinas.
Corpos em magma, ondulações
de pêlo crespo, um furor de
cabeças esfomeadas. E eu,
criança, a ver o espectáculo
da natureza, um brilho talvez
maligno em olhos tão animais.
Agora queria escrever um poema
sobre o palácio mas não consigo.
Estão dentro da minha cabeça
as imagens: mosaicos geométricos,
arcos, fontes, o céu de Granada
dos versos de Lorca e aquele
complexo labirinto de sombras
que deu um novo sentido à ideia
de frescura. Queria escrever sobre
Alhambra mas não consigo. Porque
os gatos que cirandavam nos jardins
fronteiros intrometeram-se. A sua
nitidez desfoca tudo o resto. Nada
resiste à distorção daquele caminhar
elíptico. Afogam-se, palácio e cidade,
no brumoso segundo plano.
História de um eclipse: tantos anos
depois, são os gatos de Alhambra
que vêm, devagar, contra a minha
vontade, acender este poema.
José Mário Silva
dos gatos que cirandavam,
há tantos anos, nos jardins
fronteiros ao Alhambra.
Gatos livres, gatos imundos,
gatos quase selvagens.
Lembro-me da forma elíptica
como caminhavam rente aos
muros, como se enovelavam
no meio da vegetação ou se
escapuliam debaixo dos
automóveis com matrícula
estrangeira. Aqui e ali,
junto a latas de conserva,
densas aglomerações felinas.
Corpos em magma, ondulações
de pêlo crespo, um furor de
cabeças esfomeadas. E eu,
criança, a ver o espectáculo
da natureza, um brilho talvez
maligno em olhos tão animais.
Agora queria escrever um poema
sobre o palácio mas não consigo.
Estão dentro da minha cabeça
as imagens: mosaicos geométricos,
arcos, fontes, o céu de Granada
dos versos de Lorca e aquele
complexo labirinto de sombras
que deu um novo sentido à ideia
de frescura. Queria escrever sobre
Alhambra mas não consigo. Porque
os gatos que cirandavam nos jardins
fronteiros intrometeram-se. A sua
nitidez desfoca tudo o resto. Nada
resiste à distorção daquele caminhar
elíptico. Afogam-se, palácio e cidade,
no brumoso segundo plano.
História de um eclipse: tantos anos
depois, são os gatos de Alhambra
que vêm, devagar, contra a minha
vontade, acender este poema.
José Mário Silva
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