quinta-feira, 3 de junho de 2010

O homem que falava com o gato

Preso ao ar quando saltas, mesmo assim
em equilíbrio instável
as tuas patas agarram
o silêncio.

- É o mármore movediço
em que deslizo

E quando damos por ti,
estás preso na transparência
estampado nas cortinas
corpo fulvo majestoso

- como um deus egípcio
à janela
eu ilumino o vidro.

João Tomaz Parreira

Sem comentários: