sábado, 16 de maio de 2009

Bolsas de água

Rompeu-se a bolsa.
Ficou meu filho solitário
Sem o aguado travesseiro.

A minha gata, essa,
É ela quem rasga.
Gestos ternos, precisos.
Lambidela sábia.
Cada gatinho desenrolado da capinha ténue,
Um quase nada que os torna vivos.

A minha bolsa rasgou-se.
Água transparente e muco
(ou seria baça, nem recordo)
A bolsa de águas solta,
Sem mimo e sem segredo,
Instantes antes que viesses ao mundo.

Maria de Fátima
http://www.tristeabsurda.blogspot.com

1 comentário:

Beatriz disse...

Belooooooooooooooo. Achei a /maria aqqui??!
Fantástica!