domingo, 22 de março de 2009

Quando, então, a avó lhe pediu para ir ao 1º andar ver do meu gato (ela e a matrona estavam presas a uma fase empolgante da novela que seguiam, choravam e riam), naquela noite em que eu e Simone jantávamos no Conventual, naquela noite em que choveu picaretas, fiquei sem chapéu de chuva e rompi a gabardina na porta dum táxi, ele, Nélinho, tinha tomado a chave de casa da cartomante (que, por hábito, a deixava na mesinha da entrada, logo ali à mão de semear) para saber como se comportava o meu "gatinho" em frente da pachorrenta gata da bruxa.
Entrou em minha casa, pegou no Querido Gato e, rápido, subiu ao segundo andar.
Quase esbarrava com uma serpente de ferro forjado que se enrolava num candeeiro de pé alto que a vizinha tinha logo à entrada como símbolo do pecado original.
Na cozinha a gata dormitava, mas logo acordou com o ruído.
Pôs o Querido Gato no chão ao lado da bichana, e sentou-se num banco, esperando.
lp

1 comentário:

casa da poesia disse...

amo el canto de zenzontle
pájaro de cutrocientas voces...!?...