
Olhei para Simone que se segurou ao meu braço pelo susto da investida.
Eu ainda perguntei à matrona.
— Mas que se passa?
— Que se passa? Seu canalha! Pois não é seu o cabrão daquele gato preto? Não é seu, hem? Tem coragem de dizer que não é seu?
— E depois? Que há? — perguntei tentando a custo manter a calma.
A matrona principiou a chorar.
— Minha pobre gatinha, coitadinha, coitadinha! Com oito anos e virgenzinha, não sabia nada, coitadinha. Ai! a Senhora ao Pé da Cruz me acuda deste demónio. Agora grávida, grávida do preto. Está grávida, seu malandro, percebeu?! Grávida. Ai a minha gatinha, a minha gatinha...
E deu-lhe um tremelique...
lp
Sem comentários:
Enviar um comentário