sexta-feira, 20 de março de 2009

E, de facto, por algumas janelas, os vizinhos em redor tentavam perscrutar.
— E tu queres que eu viva contigo num prédio com uma bruxa histérica? — disse Simone.
— Aqui há tramóia — interrompi — A matrona está fora do juízo. Como pode ter sido o meu Querido Gato? Há tramóia. Cheira-me a tramóia.
Ouvimos mais um grito da avó para o neto "Então, a água e o pano, Nélinho?!".
— E não só a bruxa — continuou Simone — Ainda temos que aturar o miúdo.
OH! SIMONE! que inspiradora palavra acabaste de pronunciar (disse eu para os meus botões).
Abri a porta da rua e entrei; a cartomante bebia, enfim, o seu copo de água e D. Leopoldina passava-lhe pelo pescoço um pano húmido.
O puto, quando me topou, escapuliu para dentro de casa.
lp

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