sábado, 21 de fevereiro de 2009

Por fim Simone disse:
— O seu Querido Gato não está doente, pois não?
Deixou-me entre a espada e a parede. Era uma pergunta subtil que necessitava duma resposta semelhante. Avancei.
— Não a convido como enfermeira. Convido-a como amiga.
Mais um silêncio que me pareceu uma eternidade.
— Às 8?
— Sim, 8! Se quiser vir mais cedo, venha. É consigo, Simone.
— Até logo, então — e desligou.
Uma enorme felicidade rodeou-me. Agarrei no gato, abracei-o como quem abraça um amigo de longa data, dei-lhe biscoitos. Foi ele, aquele jovem animal perdido ou achado no bairro, que me abriu as portas a outra forma de vida; abandonar esta de estar só e ouvir um outro coração, uma voz de mulher bonita, inteligente, morena, de cabelo negro, penteado revolto, atraente, tantos entes que não tenho espaço para os encaixar aqui.
Calma lp. São 3 da tarde.
Vamos planear o encontro.
lp

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