terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Cuba

1 comentário:

Anónimo disse...

Fechei a porta da rua e entrei na cozinha. O Querido Gato ficou transfigurado, eriçado, de costas arqueadas, parecia uma bola de pelo. Olhava para mim com ar ameaçador e mostrava-me os dentes. Saltou para a cadeira e desta para a mesa. Fiquei terrivelmente preocupado; que terá o bicho? - perguntei-me.
"Querido Gato! Querido Gatinho!" - chamava-o eu com voz carinhosa.
Nada. Piorava a situação. Até que o vejo a avançar para mim, e tive medo. Saí, rápido, da cozinha e fechei a porta.
Corri para o telefone.
- Simone, o meu gato está doido! - disse-lhe.
- O quê? Não percebo?
- Doido, doido. O gato endoideceu.
- Mas o que se passa lp? Não o entendo! Tem alguma coisa na boca?
Caí em mim. Era a máscara dos assaltantes que me esquecera de tirar da cabeça.
Pobre senhora Elvira, a do pãozinho!
E como vou pedir desculpa ao Querido Gato?
lp