Ela brincava com a gata
E era admirável ver as duas,
A branca mão e a branca pata,
Folgando à noite, na penumbra.
Ela escondia - a celerada! -
Sob as mitenes de fio escuro
As assassinas unhas de ágata,
Claras, cortantes, como um gume.
Fingia-se a outra adoçada
E retraía a garra afiada,
Mas o diabo nada perdia...
E no toucador retinia
O som de aéreas gargalhadas
E quatro pontos fosforesciam.
Paul Verlaine
domingo, 27 de julho de 2008
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