quinta-feira, 1 de novembro de 2007

O místico

Existe no gato a liberdade da paciência
a calma sonolenta que o mantém desperto
um saber viver que o eleva a mestre
uma arte, suprema, no sublimar do seu saber.
Talvez o gato seja mesmo como a esfinge,
um guardião dos mistérios inacessíveis.
É pássaro, tem asas douradas, mas não voa.
O seu voo faz-se em terra, nos seus olhos,
no seu brilho que o eleva, acima de nós,
fincando-se numa terra banhada pelo éter,
mundo que detém e na sua subtileza transporta.

Miguel d'Azur

1 comentário:

Chat Gris disse...

É a primeira vez que aqui venho e vi o blogue inteirinho...voltarei todos os dias!
:)