segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Gatos no museu


Os valiosos tesouros do Hermitage, em São Petersburgo, Rússia, são protegidos por uma série de guardas muito especiais. Tratam-se de mais de cinquenta gatos de ambos os sexos que, habitando as caves, têm como missão caçar e matar os ratos que ameaçam as peças do museu.

Tudo começou em 1745, quando a imperatriz Elizaveta Petrova - filha de Pedro, O Grande - irritada com os ratos que proliferavam no Palácio de Inverno (edifício que alberga o Hermitage, na altura residência da família real), recebeu de presente cinco caçadores felinos.

Poucos anos depois, a colónia já tinha aumentado exponencialmente, tendo direito a uma fatia do orçamento do governo e a tratadores. Mas com a Revolução Bolchevique, a sorte dos gatos mudou e a sua subsistência foi garantida pela ajuda de voluntários.

Apesar de terem sobrevivido à queda dos czares, os felinos não resistiram ao Cerco de Leninegrado, durante a II Guerra Mundial, tendo sido uma das fontes de alimento das populações e soldados famintos. Reza a lenda que em 1945, os gatos desaparecidos foram substituídos por outros chegados em dois comboios. Em 1960, o sobrepovoamento levou mesmo a que muitos fossem levados para o campo.

Actualmente, o Hermitage recorre à ajuda dos seus funcionários e de algumas associações para garantir a manutenção destes guardas de quatro patas.

E nem sequer faltam iniciativas em homenagem aos felinos, tais como o Dia do Gato de Março, assinalado este ano com uma exposição de pintura e desenho de crianças e o lançamento de Anna and the Hermitage Cats, livro infantil que conta a história da amizade entre uma menina e os animais do museu.

2 comentários:

Anónimo disse...

E os gatos não estragam nada?

bolas de sabão disse...

luís: ;)claro que não, são bem comportados e para além do mais vivem nas caves!