Há dias, sabes,
em que gostava
de ser como o gato
e que me tocasses
sem desejar encontrar
quaisquer sentimentos
a não ser o que se exprime
num espreguiçar muito lento
- um vago agradecimento? -
e que depois me deixasses
deitado no sofá sem que
nada pudesses levar
da minha alma,
pois nem saberias
o que dela roubar.
Pedro Paixão
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
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