sexta-feira, 27 de julho de 2007

© Carlos Ferrari – Rufas I (2007)

Portefolio, aqui.
E-mail: carlosferrari@tele2.pt

Gato caça fantasma



Andrew Lloyd Webber terá de voltar a escrever Phantom in Manhattan, sequela de O Fantasma da Ópera. Isto porque Otto, o seu gato de seis meses resolveu saltar para cima do piano digital e apagar o ficheiro guardado no computador do instrumento. Desconhece-se se a mascote teve direito a algum castigo, mas o certo é que o compositor declarou ao Daily Mail que se não reescrever rapidamente o espectáculo vai acabar por dar em doido. Webber é o autor de Cats, musical em cena há mais duas décadas - detalhe que, ao que tudo indica, não conseguiu convencer Otto a mostrar mais respeito pela obra do dono.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Dr. Oscar House





Desde que foi adoptado pelos funcionários do Steere House Nursing and Rehabilitation Centre, em Providence, nos Estados Unidos, Óscar, um gatinho de dois anos, tem a capacidade incomum de prever quando os doentes do hospital vão morrer. Assim aconteceu já com 25 doentes do terceiro piso do centro de cuidados e reabilitação deste hospital, que trata doentes com Alzheimer e Parkinson. A sua mera presença nas camas dos doentes é encarada pelos médicos como um indicador quase absoluto da morte iminente dos mesmos doentes, permitindo que os membros da equipa de funcionários notifiquem adequadamente as famílias.
Oscar, quarto após quarto, cheira e observa os pacientes que pressente que vão morrer em breve, a seguir senta-se ao lado deles, enroscando-se, e ali fica alguma horas, fazendo-lhes companhia até ao seu último suspiro. Óscar proporcionou assim, muitas vezes, companhia àqueles que, de outra maneira, morreriam sozinhos. O seu trabalho é considerado muito importante pelos médicos e funcionários do Steere House Nursing e pelas famílias dos doentes a quem serve.

Mais pormenores no artigo do “The New England Journal of Medicine”, aqui.
Ou, em português, no “Publico” online, aqui.
Sintomas e Síndromes

Primavera em sintoma repetido.
Estão aí outra vez, intrusos na
manhã. Não me deixam pensar.
O gato quer sair, treme ao vê-los
nos ramos a cantar. Preciso de
pensar. Silêncio em síndrome.
Ruídos de madeira, o tempo a ba-
dalar, são dez e meia. Intrusos
no meu sono de pensar. Preciso
de ar. Mas eles são piores, agora
na manhã já levantada, juntaram
companhia. É ópera de azul.
Um Wagner maior. Navio Real.
O enjoo do ar. Preciso de pensar.
Mas cantam. Cantam. Canção que
não me deixa nem ramo de pensar.
Primavera outra vez e todas as
manhãs o seu sintoma. O gato em
frenesi a tremer mais ao vê-los
a saltar de ramo em ramo. É
primavera e cantam: ligações i-
legais, o ninho em alvoroço.
Só um falcão de asa franjada e
preta que tem casa aqui perto
e que não canta. Só por ele eu
podia pensar. Só por ele o meu
ar, como um telhado. (E o gato
sem ousar-se, viciado, nem
exibindo assim, junto à janela,
estes sintomas de delirium tre-
mens.)

Ana Luísa Amaral

Pepper

Gato de John Lennon e Yoko Ono.


Foto de Ethan A Russell

terça-feira, 24 de julho de 2007

© Peter Schmucki - Whiskas Cat, 2006

Portefólio, aqui e aqui

sábado, 21 de julho de 2007

Gato

Com peixes rubros, o fogo
Estava o gato a embalar.
Se eu me mexer, então logo
O gato pode mudar.

Que nunca pare a certeza
Da roda em rotações mil;
Pois transformar-se em princesa
Pra ele é um truque infantil.

Jean Cocteau

Tradução de Fernando Pinto do Amaral
© Leonor Franco – Gato

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Poesia felina

No meu blogue de poesia fiz um desafio aos meus visitantes para que enviassem os seus poemas sobre gatos até ao dia 31 de Agosto.
Quem estiver interessado em participar, pode espreitar aqui.
Boa inspiração!
Inês Ramos

terça-feira, 17 de julho de 2007



















Bombaim

País de Origem: Kentucky, EUA

Nome Americano: Bombay


Em 1985 a criadora americana Nikki Horner cruzou uma gata Burmesa zibelina com um American Shorthair, com o objectivo de criar um Burmês negro. Desses gatos nasceu uma "mini-pantera negra". O nome Bombaim deriva da própria mini-pantera negra de Bombaim. Apesar de ser uma raça muito conhecida nos Estados Unidos é praticamente desconhecida na Europa. Este gato tem um tamanho médio, pesando 2,5 a 5 Kg. Tem um nariz muito curto e pêlo também muito curto, sendo sempre preto. É um gato paciente com cães mas nem sempre suporta a companhia dos seus congéneres. É um gato muito possessivo, afectuoso e exclusivo com o dono. Este gato tem dificuldade em sobreviver sozinho se o dono se ausentar durante todo o dia e o deixar em casa.

segunda-feira, 16 de julho de 2007


© Sara Franco – Love Cat (2007)

Portefólio, aqui e aqui.

domingo, 15 de julho de 2007





Mouschi, O Gato de Anne Frank

de José Jorge Letria
Ilustrações de Danuta Wojciechowska
Edições Asa, 2002

Mouschi existiu realmente e foi levado para o anexo por Peter van Pels, um jovem companheiro de cativeiro de Anne Frank. O dia-a-dia no anexo, a rotina de um grupo de pessoas refugiadas do terror nazi e a esperança numa libertação que acabou por não chegar, são assim contados neste livro por um animal de estimação que se transformou em testemunha singular de uma tragédia humana.

Black Cat






Os gatos pretos foram, desde sempre, símbolo de superstição, mas também imagem de algumas marcas famosas. É o caso da Carreras, empresa de tabaco criada pelo espanhol Jose Carreras Ferrer, um nobre estabelecido em Londres por volta de 1820. Tendo começado por vender charutos a figuras da sociedade victoriana, entre as quais o Conde de Craven, Carreras recebeu em 1866 a Royal Warrant, ou seja, um título concedido pela Família Real Britânica, que lhe permitia publicitar a comercialização dos seus produtos ao Rei e respectivos parentes. Entretanto, um gato preto que dorme no parapeito da janela da loja de Carreras conquista o nobre.

O estabelecimento começa a ser conhecido como a loja do gato preto e este acaba por se transformar na imagem da empresa. E é assim que surgem em 1904 os cigarros Black Cat, os primeiros feitos à máquina na Grã-Bretanha. A fama do gato estende-se às campanhas publicitárias, que incluíam um álbum de selos oferecido aos compradores do tabaco. Mais tarde, a popularidade é tanta, que envolve o envio de cigarros às tropas aliadas e o uso de crachás e outros acessórios com a imagem do felino.


Com a expansão ao mercado externo, a empresa constrói uma nova fábrica em 1926, que viria a ser conhecida como Black Cat Factory (em português, a Fábrica do Gato Preto). E o seu design é também ele uma homenagem ao felino. Inspirado na descoberta do túmulo de Tutankhamon e da deusa com cabeça de gato Bubastis, o edifício apresenta dois gatos de bronze de mais de dois metros de guarda à entrada principal e outros dez pretos em pilares de estilo egípcio. Em 1959, uma quebra nos lucros fez com que a Carreras vendesse a fábrica e que a maioria dos elementos decorativos fosse removida. Em 1999, o estilo Art Deco foi restituído à então Greater London House graças a um restauro, cujo custo ultrapassou os seis milhões de libras, algo como 8 milhões e 800 mil euros.

© Menina Marota – Tareco

Gato

Pra não poisar senão um dedo
É demasiado grande o gato.
....Com a cauda na cabeça,
....Gira num círculo e a essa
Carícia ele corresponde nesse acto.

Mas o homem, à noite, vê os seus olhos
....Cuja única virtude é a palidez.
....São demasiado grandes pra esconder
E pesados prò vento perdido do sono.

....Sempre que o gato dança
É só pra isolar essa prisão
....E quando pensa
É até às fronteiras dos seus olhos.

Paul Eluard
Tradução de Fernando Pinto do Amaral

terça-feira, 10 de julho de 2007


© Sónia Ramalho – Gato Maltês I (2006)

Portefolio, aqui.

segunda-feira, 9 de julho de 2007





Viagens com o meu gato

Clare de Vries
Quetzal Editores
Julho 2007


Clare de Vries, jornalista em Londres e autora de livros de viagens, fez-se à estrada com o seu gato, Claudius, de 19 anos. Ambos partiram numa viagem pelos Estados Unidos que vem a ser um mosaico dos aspectos mais bizarros da cultura norte-americana. Uma viagem ao sabor da corrente de consciência de Clare e das idiossincrasias de Claudius, num registo de grande autenticidade, simultaneamente informativo e hilariante.

O sonho de Clare de Vries era deixar o emprego e partir numa viagem do tipo Thelma e Louise pelos Estados Unidos. E foi o que fez, escolhendo para companheiro de viagem Claudius, o seu gato birmanês de 19 anos.
A viagem foi uma caixinha de surpresas. De célebres cabeleireiros de animais em Nova Iorque a ursos-pardos nos Apalaches, de astronautas em Nashville à mansão de Elvis em Graceland ou ao vudu em Nova Orleães, esta improvável parelha lá conseguiu não se perder e até aprendeu a ler um mapa. E depois disso ainda andaram a cavalo com uns cowboys lunáticos no Texas, perderam partes do corpo no Grand Canyon, jogaram com rufias em las Vegas e entornaram bebidas sobre estrelas de Hollywood.

domingo, 8 de julho de 2007

What's New Pussycat?



Em 1965, o manager Gordon Mills consegue para o ainda pouco popular Tom Jones o tema original de What’s New Pussycat?, comédia realizada por Clive Donner com argumento de Woody Allen.
Em português O Que Há de Novo Gatinha?, o filme tem no elenco Peter O’Toole, Peter Sellers, Romy Schneider, Ursula Andress e o próprio Woody Allen, tornando-se um enorme êxito.



Para trás, fica Warren Beatty, inicialmente escolhido para o papel do protagonista Michael, um mulherengo que busca a ajuda da psicanálise para manter o seu noivado.

Mas se um desentendimento com o produtor Charles Feldman fez com o que também namoradeiro Beatty desistisse do projecto, o actor ficará para sempre ligado ao filme. Isto porque o argumento de Allen carecia de título e foi o cumprimento de Warren Beatty às suas namoradas – What’s new pussycat? – que viria a chamar a atenção do produtor e acabar por dar nome à película.

O tema principal imortalizado por Tom Jones tem autoria de Burt Bacharah (música) e letra de Hal Davis, tendo recebido nomeações para vários prémios, entre os quais o Oscar para Melhor Tema Original em 1966.

Fotógrafos: participem!


Publicamos neste blogue as vossas fotografias felinas!
Basta enviarem-nos as vossas fotos de gatos
com os vossos nomes, títulos das fotos e data.
Se tiverem, enviem-nos também os locais na net
onde têm portefólio.
Das fotos que nos forem chegando,
seleccionaremos as melhores para publicação.
O e-mail para onde devem enviar é:
inesramos.designer@gmail.com

sábado, 7 de julho de 2007

© José de Deus – Gato pescador (2007)


Portefolio, aqui e aqui.

Tertúlia Lisboeta de Blogues

Geraldes Lino, especialista em Banda Desenhada, autor dos blogues "Divulgando Banda Desenhada" e "Fanzines de Banda Desenhada" e Fundador e organizador da Tertúlia de Banda Desenhada de Lisboa que comemorou no passado dia 5 de Junho o seu 22º aniversário, inicia hoje 07/07/07 uma nova tertúlia, desta vez formada por gente activa da blogosfera, os chamados bloguistas (ou "bloggers").
E visto que estamos em Lisboa e a ideia é aqui que nasce, Geraldes Lino deu-lhe o título de Tertúlia Lisboa de Blogues.

Mais informações sobre esta tertúlia, aqui.

Chaminou de Macherot










Na Zoolândia os animais viviam em paz. Isso não agradava a todos, sobretudo a um certo leopardo chamado Khrompire, fugido da prisão, e a um lobo chamado Crunchblot, inimigo público n°1. Mas, felizmente, o gato detective Chaminou, assistido pela sua secretária Zonzon, mudaria as peças do jogo e triunfaria sobre os maus da fita...

Chaminou é um gato detective, discreto e astuto, (criado pelo desenhador belga Raymond Macherot), que apareceu pela primeira vez em 1964.
Raymond Macherot (nascido em 1924), começou a publicar os seus desenhos no semanário PAN, e depois, no Jornal de Tintin com pranchas de histórias do Chevalier Blanc, em 1952. No ano seguinte, o editor do Journal de Tintin procurava uma série em que as personagens fossem animais para fazer concorrência ao Jornal do Mickey, e decidiu dar essa oportunidade a Macherot. Assim nasceu, sob o lápis de Macherot, a personagem Chlorophylle que alcançou o sucesso em 1954.
Em 1964 Macherot deixou o Jornal de Tintin e começou a colaborar no Jornal de Spirou. Aí criou as personagens Chaminou e Sibylline. Logo depois, começou a colaborar com Goscinny e Cauvin — com eles nasciam Pantoufle e Mirliton.



















Mais informações sobre o autor, aqui

segunda-feira, 2 de julho de 2007

A uma gata


.......Tu só, pobre animal, beijas o triste!
Tu que o rato devoras, e que os dentes
Tens afiados para quanto existe!
Caprichosa excepção! dize: Que sentes?

.......Amas, pobre animal! e tens tu pena,
Sim, pode na tua alma entrar piedade?
Se pode entrar eu sei! Negar quem há-de
Amor ao tigre, coração à hiena!

...

.......Tudo no mundo sente: o ódio é prémio
Dos condenados só que esconde o Inferno.
Tudo no mundo sente: a mão do Eterno
A tudo deu irmão, deu par, deu gémeo.

.......A mim deu-me esta gata, a mim deu-me isto...
Esta fera, que as unhas encolhendo
Pelos ombros me trepa e vem, correndo,
beijar-me... Só não vivo! amado existo!


João de Deus

Katze


















O gato de Gustav Klimt.

CatCam

Chama-se Lee e a sua fama já corre mundo. Tudo porque o dono resolveu vigiar as suas saídas algo demoradas e misteriosas.

Para tal, Jurgen Perthold, inventor alemão residente na Carolina do Sul, criou uma câmara fotográfica em miniatura que instalou na coleira do animal de estimação.

E os resultados não se fizeram esperar. Jurgen descobriu que Lee passava os dias a passear nas redondezas da casa, namoriscava uma bela gata e também fazia olhinhos a alguns pássaros.

Consta que o animal não acha muita graça a esta invasão de privacidade, mas que para seu azar é incapaz de se livrar da câmara.

Quem está feliz da vida é o inventor, que conta tudo sobre o dispositivo e mostra a vida mais ou menos atribulada de Lee num site criado especialmente para o efeito, onde já vende a câmara e até fala de um possível futuro livro.


domingo, 1 de julho de 2007





Caramba

Texto e ilustrações de Marie-Louise Gay
Tradução de Manuela Pessoa
Literatura Infantil
Livros Horizonte, 2007

Depois da Stella e do Simão, a premiada autora e ilustradora Marie-Louise Gay, criou uma nova e cativante personagem: Caramba, um gatinho doce e tímido, que aceita com coragem o facto de ser diferente dos outros e finalmente descobre o seu talento, muito próprio e especial.